1) Em: "Ele lê Machado de Assis", há:
a) catacrese
b) perífrase
c) metonímia
d) metáfora
e) inversão
2) (FUNCAB -IF/RR) Em "Nas culturas orientais, assim como na maioria
das filosofias clássicas, a velhice é vista de um ângulo positivo [...]", a substituição de
A VELHICE (com as mudanças sintáticas necessárias) pela perífrase
OS CABELOS BRANCOS
configura um exemplo clássico de emprego da seguinte figura:
a) metáfora
b) metonímia
c) paradoxo
d) alusão
e) hipérbole
Nos exercícios de 3 a 7, faça a associação de acordo com o código:
(a) assonância
(b) paronomásia
(c) onomatopeia
(d) aliteração
3) Se você gritasse
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse
se você cansasse
se você morresse.
Mas você não morre,
você é duro, José.
(Drummond)
4) Rua
torta.
Lua
morta.
Tua
porta.
(Cassiano Ricardo)
5) Diamante, vidraça
arisca, áspera asa risca
o ar. E brilha. E passa.
(Guilherme de Almeida)
6) É pleno dia. O ar cheira a passarinho,
O lábio se dissolve em açúcares breves.
O zumbido da mosca embalança de sede.
... Assurbanipal...
(Mário de Andrade)
7) Do amor morto motor da saudade
(...)
Divindade do duro totem futuro total
(Caetano Veloso)
8) (MACKENZIE) Construções do tipo "dente de alho", "barriga da perna" e
"pé de cana" são exemplos de:
a) metonímia
b) antonomásia
c) catacrese
d) perífrase
e) elipse
9) (FEBA-SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:
a) Á gua da fonte... água do oceano... água de pranto. (Manuel Bandeira)
b) A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia. (Chico Buarque)
c) Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então. (Clarice Lispector)
d) Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor. (Mário Quintana)
10) (UM-SP) Qual dos períodos abaixo apresenta um desvio das normas
propostas pela Gramática, conhecido no domínio da linguagem figurada como
catacrese?
a) Os olhos piscavam mil vezes por minuto diante do horrível espetáculo.
b) Eu parece-me que vivo em função de um áspero orgulho.
c) Com o espinho enterrado no pé, levantou-se rápida à procura do pai.
d) Suas faces avermelhadas traduziam-se em chamas encolerizadas por
causa dos males imaginados.
e) A perversidade secreta daquelas montanhas selvagens as sustentava as
calmas águas do riacho.
11) (SÃO MARCOS-SP)
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
(Cruz e Souza)
No texto de Cruz e Souza, temos exemplo de:
a) paralelismo
b) versos brancos
c) eufemismo
d) aliteração
e) hipérbole
12) (UM-SP) Aponte a alternativa em que não haja uma comparação.
a) Rio como um regato que soa fresco numa pedra.
b) É mais estranho do que todas as estranhezas que as cousas sejam
realmente o que parecem ser.
c) Qual um filósofo, o poeta vive a procurar o mistério oculto das cousas.
d) Os pensamentos das árvores a respeito do mistério das cousas são tão
estranhos quanto os dos rios.
e) Os meus sentidos estavam tão aguçados, que aprenderam sozinhos o
mistério das cousas.
13) Há duas figuras de palavras neste poemeto de Mário Quintana.
Quais são elas?
Elegia urbana
Rádios. tevês.
Gooooooooooooooooooolo!!!
(O domingo é um cachorro escondido
debaixo da cama.)
14) (ENEM-MEC) Leia o texto:
Aquele bêbado
— Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os indicadores.
Acrescentou: — Álcool.
O mais ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de Tom
Jobim, versos de Mário Quintana. Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana,
embebedava-se de Índia Reclinada, de Celso Antônio.
— Curou-se 100% do vício — comentavam os amigos. Só ele sabia que andava mais bêbado que um gambá. Morreu de etilismo
abstrato, no meio de uma carraspana de pôr do sol no Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas de ex-alcoólatras anônimos.
ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de
Janeiro: Record, 1991.
A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito
irônico no texto porque, ao longo da narrativa, ocorre uma
a) metaforização do sentido literal do verbo “beber”.
b) aproximação exagerada da estética abstracionista.
c) apresentação gradativa da coloquialidade da linguagem.
d) exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”.
e) citação aleatória de nomes de diferentes artistas.
15) (UECE)
Apólogo brasileiro sem véu de alegoria
O trenzinho recebeu em Magoari o pessoal do matadouro e tocou para Belém.
Já era noite. Só se sentia o cheiro doce do sangue. As manchas na roupa dos
passageiros ninguém via porque não havia luz. De vez em quando passava uma
fagulha que a chaminé da locomotiva botava.
Na frase Só se sentia o cheiro doce do sangue, o narrador faz perceber a realidade
por mais de um sentido ao mesmo tempo. Escolha a opção em que se indicam
corretamente esses sentidos e, paralelamente, o efeito expressivo que o
fenômeno produz no conto.
a) Olfato e tato – Torna a descrição mais objetiva, levando o leitor a ter impressão
de realidade.
b) Visão e audição – Impõe, ao texto, um alto grau de imprecisão, indispensável à
escritura literária.
c) Olfato e audição – Transforma o real concreto no real ficcional, ou seja, em
arte.
d) Olfato e paladar – Faz a cena descrita parecer mais real e, conseqüentemente,
mais desagradável.
GABARITO:
1) c
2) b
3) d
4) a/b
5) a/d
6) a/d
7) b/d
8) c
9) b
10) c
11) d
12) e
13) Metonímia (rádios e tevês) e metáfora ( O domingo é um cachorro escondido debaixo da cama).
14) a
15) d
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